A FIESP realizou, no dia 06 de novembro, o 16º Congresso da Micro, Pequena e Média Indústria, com a participação de autoridades e especialista.
Josué Gomes, presidente da FIESP, destacou que para o país seja competitivo, é fundamental trabalhar pelo fortalecimento das micro, pequenas e médias empresas industriais. “O Brasil nunca será competitivo na sua indústria se [essas empresas] não forem competitivas. Daí é que vem a força do tecido industrial brasileiro e de onde virá a recuperação da pujança da indústria de transformação brasileira.”
O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, lembrou que a indústria de transformação desempenha papel chave para o desenvolvimento do país e que é necessário ter um projeto de Estado, não apenas de governo, que ofereça segurança jurídica para a atração de investimentos internos e externos.
“Crescemos apenas em três dos últimos 10 anos, atingindo em 2023 participação de 11% do PIB. Ainda que o prognóstico para 2024 seja positivo, os resultados continuam muito aquém do necessário para levar a indústria de volta ao papel de destaque que o Brasil precisa”, declarou Cervone.
Em relação ao cenário macroeconômico, ele entende que a desindustrialização e a queda no investimento produtivo estão relacionadas ao ambiente hostil, “caracterizado por absurdas taxas de juros, tributação excessiva e peso desproporcional sobre o setor industrial, que contribui com 11% do PIB, mas carrega um terço dos impostos totais nas costas”, desabafou.
Devido a esse cenário, de acordo com Cervone, os investimentos não repõem a depreciação e a produtividade da indústria brasileira é prejudicada, aumentando a distância para as nações desenvolvidas.
Melhorar o ambiente de negócios
As micro, pequenas e médias empresas desempenham papel importante na economia, mas encaram desafios enormes. Para o diretor titular do departamento da Micro, Pequena, Média Indústria e Acelera Fiesp, Pierre Ziade, é preciso identificar esses desafios, com o objetivo de melhorar ou contribuir para a melhora da competitividade da indústria.
“Para isso, temos uma agenda voltada ao crédito, para o financiamento, com startups, e uma agenda voltada para capacitação”, comentou Ziade.
Já o presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena e Média Indústria da Fiesp, Sylvio Gomide, destacou a importância da Reforma Tributária para a economia, os usos da Inteligência Artificial (IA) e o acesso ao crédito por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“A Reforma Tributária vai melhorar o ambiente de negócios, porque vai descomplicar o dia a dia. E a IA não é coisa para empresa grande, ela pode ser uma ferramenta poderosíssima para as pequenas, porque os dados coletados da forma correta podem ser imediatamente aplicáveis. E tem o novo cartão BNDES, um pleito da Fiesp, que deve ser parabenizado”, afirmou Gomide.
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Fonte: FIESP
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