O diretor executivo e o assessor técnico do SIAMFESP, Celso Daví Rodrigues e Roney Honda Margutti, participaram, no dia 18 de abril, da posse das novas diretorias da ABINEE e do SINAEES-SP para o mandato de 2024-2028.
O vice-presidente do SIAMFESP, Claudio Lorenzetti, eleito para a presidência do Conselho Administrativo da ABINEE e do SINAEES-SP, destacou as ações das entidades na gestão anterior e os desafios para o próximo período. “A necessidade de reformas estruturais, a busca por estabilidade macroeconômica e a retomada do crescimento, são prioridades que demandam esforços conjuntos, tanto do setor governamental como privado.”
Lorenzetti ressaltou o legado da atuação da ABINEE junto ao Parlamento, ao lado das ações relacionadas ao executivo, como um dos grandes capitais da representação da entidade, sempre pautada em apresentar propostas que visam ao desenvolvimento do setor e ao crescimento econômico e social do País. “A ABINEE tem contribuído e continuará oferecendo às autoridades a sua visão sobre as discussões e ações que objetivam a reindustrialização do Brasil”.
O novo presidente do Conselho salientou que a retomada do crescimento do setor produtivo, e consequentemente, da economia brasileira como um todo, passa pela intensificação das políticas de redução do custo Brasil, e por políticas direcionadas à inovação, em especial, aos setores que produzem bens de maior valor agregado, como o caso da indústria elétrica e eletrônica. “O Brasil reúne todas as qualificações, ambientais, sociais e tecnológicas para desempenhar um papel de destaque no cenário mundial. Espero contar com todos para que, juntos, possamos fazer com que o nosso setor exerça seu protagonismo e assim fortalecer ainda mais as potencialidades do nosso País”, afirmou.
Os desafios e propostas da nova gestão vão seguir e consolidar o trabalho desenvolvido pelo Conselho, presidido por Irineu Govêa, entre 2015 e 2024.
Em seu pronunciamento de transferência de cargo, Govêa exaltou a qualidade e profissionalismo da estrutura da ABINEE e do SINAEES-SP para dar apoio às demandas das empresas associadas. “Nos últimos anos, tivemos grandes desafios, mas trabalhamos duro e com otimismo, e a ABINEE, com sua força agregadora, tem um papel decisivo nesse sentido”.
Em sua avaliação, a representatividade das entidades é reflexo da projeção das empresas associadas na economia e as teses defendidas são fruto de um minucioso trabalho e de uma profunda análise, que refletem a busca incessante para alicerçar posicionamentos que não resvalem em atitudes casuísticas. “Sempre que vamos apresentar algum pleito, deixamos claro o porquê e como fazer, de forma muita bem justificada, o que faz com que nossas demandas sejam ouvidas e respeitadas pelo poder público”.
Durante o evento, Irineu foi homenageado pelo diretor executivo da ABINEE, Anderson Jorge Filho, e pelo presidente executivo, Humberto Barbato, que fez um balanço da última gestão, enumerando algumas importantes conquistas para o setor nesse período, como a reformulação da Lei de TICs e as contribuições para o Leilão de 5G. “A gestão desse Conselho presidido pelo Irineu deixa um legado de iniciativas em favor do setor, que terão grandes impactos no médio e longo prazo, não só para o desenvolvimento das indústrias elétricas e eletrônicas como para a economia brasileira de forma geral”, disse.
Ao falar dos desafios da nova diretoria, Barbato salientou a necessidade urgente de prorrogação da Lei de TICs e do Padis até o mês de junho. Segundo ele, a ABINEE, por meio da Frente Parlamentar Mista para o Desenvolvimento da Indústria Elétrica e Eletrônica, apresentou o PL 719/2024, que prorroga as 2 leis até 2049, de autoria de 74 Deputados, de 14 partidos diferentes e pertencentes à 15 Estados, o que dá a dimensão e força deste projeto de lei. “Me coloco à disposição deste Conselho e do amigo Claudio para juntos superarmos os novos desafios e continuarmos nosso caminho de fortalecimento da indústria elétrica e eletrônica”, afirmou.
Representatividade
Além de empresários, o evento foi prestigiado por representantes do Legislativo e do Executivo, e de entidades empresariais, que destacaram a atuação da ABINEE e do SINAEES-SP e se colocaram à disposição das entidades para contribuir com a formulação de políticas voltadas ao desenvolvimento do setor.
O presidente do Ciesp, Rafael Cervone, destacou a importância do setor eletroeletrônico para a economia e para a vida das pessoas, fornecendo produtos e soluções que trazem impactos na sociedade. “Diante dessa relevância, colocou-se à disposição para apoiar a prorrogação da Lei de TICs, como forma de garantir a isonomia na produção em todo o território brasileiro”.
Josué Gomes, presidente da Fiesp, também manifestou seu apoio ao pleito do setor. “A ABINEE é uma escola de eficiência, vocês sempre terão nosso suporte, pois defendem causas embasadas e que buscam desenvolvimento do País”.
Mesmo diante de desafios como carga tributária pesada e ineficiência do Estado, Gomes disse estar otimista com as oportunidades do Brasil pela possibilidade de o País poder se aproveitar da sua matriz energética para liderar o mercado de produtos verdes, além de continuar sendo essencial para a segurança alimentar mundial, com a exportação de produtos alimentícios. “Mas além da natureza pródiga, acredito na capacidade incomum do industrial brasileiro em superar dificuldades”, concluiu.
O diretor de Incentivos às Tecnologias Digitais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Hamilton Mendes da Silva, classificou como um privilégio a interlocução da pasta com a Abinee, que possibilitou a manutenção de um marco legal para o setor de TICs. “Com base na arquitetura da Lei de TICs, construímos algo singular na indústria brasileira, que estabeleceu pontes com o setor acadêmico para trabalhar em projetos conjuntos, criando uma rede tecnológica”.
O presidente da Frente Parlamentar Mista da Indústria Elétrica e Eletrônica, deputado Vitor Lippi, disse estar confiante na prorrogação da Lei de TICs e do Padis. “Temos orgulho da luta da ABINEE por essa política industrial, que colocou o Brasil como o maior produtor de eletroeletrônicos no mundo ocidental”.
Lippi se mostrou otimista também com o avanço da Reforma Tributária, que solucionará o inferno tributário, que pesa sobre a produção. “Vamos trazer as melhores práticas internacionais, acabando com a cumulatividade e burocracia.” O deputado ressaltou ainda que trabalhará para diminuir o tempo de transição para o novo modelo tributário. “Oito anos é muito tempo. Temos que nos livrar logo desse pesadelo”.
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