Evento apresentou estudo sobre Obras Paradas e necessidade de investimento para o país voltar ao patamar anterior até 2030.
Foto créditos: Agência Brasil
O SIAMFESP prestigiou no último dia 2 de dezembro a 13ª edição do Congresso Brasileiro da Construção (ConstruBusiness), realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Na oportunidade foi apresentado o resultado do estudo – Obras Paradas: Desperdício de Recursos e Futuro, que indica a necessidade e um investimento da ordem de R$ 981 bilhões por ano, até 2030, para voltar ao patamar anterior e assim atender às demandas sociais e de expansão econômica do país, de forma sustentada.
São R$ 518,7 bilhões em desenvolvimento urbano (habitação, saneamento e mobilidade urbana); R$ 264,7 bilhões em infraestrutura econômica (logística e transportes, energia e telecomunicações); e R$ 197,6 bilhões em outras obras e serviços auxiliares da construção. Esse investimento de quase R$ 1 trilhão, projetado com base na evolução demográfica, formação de famílias e necessidades em desenvolvimento urbano e infraestrutura econômica, considera também a aquisição de máquinas, equipamentos entre outros itens. “Se conseguirmos investir 12% do PIB por ano em construção, o país crescerá 3% anualmente de forma sustentada, gerando riqueza e os milhões de empregos de que tanto precisamos”, diz o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
O entendimento é que a retomada da área de habitação já está em curso e a de infraestrutura deve ganhar velocidade em 2020 e 2021 em função da melhoria do ambiente de negócios, da agenda de concessões e parcerias público-privadas, de novas licitações, dos juros baixos e mais recursos privados.
Em termos de despesas em construção por habitante, o estudo mostra que o Brasil registrou valores bem inferiores a outros países. Enquanto a média dos outros países selecionados no estudo investia US$ 4.053,35 por habitante, o Brasil investia US$ 1.275,55, ou seja, quase um terço da média da amostra, desta forma, é clara a necessidade de, ao menos, recuperar as condições econômicas para voltar a investir um volume compatível com a trajetória de longo prazo que foi interrompida em 2014.
Diante desse cenário, na segunda-feira a FIESP também lançou o portal Radar Brasil: Monitoramento de Obras Públicas, que terá uma análise periódica de investimentos por setor e de grandes obras emblemáticas. O portal radarbrasil.fiesp.com.br traz informações sobre a evolução física e financeira de empreendimentos em diversas áreas, a partir de dados oficiais abertos ao público.
O 13º ConstruBusiness ainda traz algumas propostas para acelerar o ciclo de obras da construção e elevar a competitividade do país. O estudo defende uma rápida mobilização do Poder Público para retomar obras paradas, formando uma força-tarefa para analisar a situação dessas obras, a partir de uma matriz de decisão que indicaria a necessidade, a viabilidade e a prioridade das retomadas.
Além disso, propõe-se a reformulação dos planos nacionais de habitação, saneamento e mobilidade, adequando marcos regulatórios, com o objetivo de ampliar os investimentos em desenvolvimento urbano; a regularização fundiária do estoque atual de imóveis; e o fomento ao uso de ferramentas de gestão e planejamento, como a Modelagem de Informação da Construção (BIM) e sistemas informatizados de licenciamento de obras.
O SIAMFESP foi representado pelo Vice- Presidente, Oswaldo Arouca Neto, o Vice- Presidente de Metais Sanitários, Claudio Lorenzetti, o Diretor Executivo, Celso Davi, o assessor, Oduwaldo Alvaro e o Gerente de Tecnologia, Roney Honda Margutti.
Fonte: AZM Comunicação
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