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Estratégias para o Plano de Retomada

25/06/2020

Webinar com Monica Lobenschuss fala sobre o novo normal e as estratégias das empresas

 O SIAMFESP promoveu no dia 18 de junho o Webinar: Estratégias para o Plano de Retomada”, com a consultora Monica Lobenschuss. Abrindo o evento, o diretor Executivo, Celso Daví Rodrigues, destacou a parceria com a palestrante e a necessidade das empresas se readequarem para a retomada das atividades.

Monica ressalta que vivemos um momento estratégico, em que as vendas vão acontecer em menor quantidade, logo o consumidor, o distribuidor e os lojistas terá que comprar de alguém. Quem estiver mais preparado com todas as estratégias prontas, terá mais vantagens.

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A palestrante ressaltou as tendências que estão ficando claras diante das empresas que já começaram a se adaptar a este novo cenário. “Isso não quer dizer que vai funcionar para todas as empresas. É importante ter sensibilidade e aproveitar o que for útil, fazer esse filtro.”

Para ela dois termos vão ancorar este ano: agilidade e flexibilidade. Não será possível continuar fazendo as coisas da mesma forma. “O mercado mudou, os consumidores mudaram e precisamos ser muito mais rápidos do que fomos em qualquer outro momento. Vamos ter uma reunião pela manhã e colocaremos em prática à tarde. Essa agilidade vai fazer com que você tenha mais vendas que seu concorrente e se aproxime mais dos seus clientes neste momento.”

A flexibilidade surgirá na hora de acelerar um projeto ou mudar de direção em algum momento. Um exemplo é reduzir o projeto para colocar algo na rua. “Não iremos mais fazer uma pesquisa ou um planejamento grande. Fazíamos um grupo de teste e demorávamos meses para colocar aquilo no ar, para produzir. Criaremos coisas menores, colocaremos em fase de teste para vender, mas já ajustando este processo, esse planejamento ao longo do caminho. As etapas não serão bem definidas, isto muda as estratégias dentro de uma empresa. É uma inversão daqueles valores que sempre tivemos.”

Dentro disso, explica, os planejamentos poderão ter duração de três meses, de um mês, com gestões semanais e às vezes diárias. Um exemplo é a China, onde não existem mais planejamentos a longo prazo. Eles trabalham o conceito de Planejar, Aplicar, Medir e Melhorar. Os resultados são menos reuniões, reuniões rápidas, avaliações diárias do que deu errado no dia anterior

e o que precisa ser melhorado. Colocar o produto no mercado o mais rápido possível. “A maioria das empresas nesta quarentena está trabalhando muito, testando aprendizados, falando com os clientes, fornecedores, distribuidores, para conseguir construir um resultado positivo.”

Mônica citou exemplos de pesquisas e ações de algumas empresas, principalmente no aspecto social e de segurança dos consumidores. “Na hora do custo é importante prestar atenção no impacto social, o comercial vem depois.”

Mas o primordial, afirma, é que nada voltará a ser como antes. Para ela as relações comerciais foram alteradas. “O modo como compramos, nossas relações com os parceiros, fornecedores, clientes e mesmo que saiamos rápido desta pandemia, sabemos que outras virão, então temos que aprender a trabalhar desta maneira.”

Outro ponto destacado por ela é oferecer soluções para momentos de crise, estratégia utilizada de forma bastante efetiva por um grande Magazine, que disponibilizou uma maneira para as pessoas venderem seus produtos. “Esta marca foi a mais lembrada com este viés, então, se os produtos têm o mesmo preço, é lá que você vai comprar, pela campanha social.”

As compras por aplicativos também cresceram, algumas empresas criaram sistemas de delivery rapidamente, atendendo as necessidades dos clientes e acabaram achando um novo nicho. Mônica ressalta que é importante montar uma equipe com um profissional de marketing, um da área econômica, do RH, dentre outras; ter um objetivo claro (resultado, faturamento); pesquisar outros mercados e estar mais próximo dos clientes. “Sempre haverá uma palavra que será a chave do seu problema.”

Quanto à retomada, ela deverá acontecer escalonadamente, e com os funcionários espalhados por andares diferentes para prevenção de uma possível contaminação. “As empresas estão ávidas para retomar, mas temos que ter cuidado não só com a empresa, mas com as vidas que estão em jogo”, finaliza.