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Informação consta do relatório 'Focus', divulgado pelo BC. Teto da meta é de 5%, ou seja, mercado prevê estouro pelo segundo ano consecutivo.

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Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de inflação deste ano de 5,92% para 5,79%. Foi a primeira queda em seis semanas.

A informação consta do relatório "Focus", divulgado nesta segunda-feira (12) pelo Banco Central. Ao todo, foram ouvidas mais de 100 instituições financeiras na semana passada sobre as projeções para a economia.

Quanto maior é a inflação, menor é o poder de compra das pessoas, principalmente das que recebem salários menores. Isso porque os preços dos produtos aumentam sem que o salário acompanhe esse crescimento.

A meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%. O Banco Central vê chance grande de estouro da meta em 2022, assim como aconteceu no ano passado.

Para atingir a meta, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros, a Selic. Atualmente, a Selic está em 13,75% ao ano, o maior percentual dos últimos seis anos.

Para o próximo ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim Focus, a previsão para 2023 ficou estável em 5,08%.

Para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, o mercado financeiro manteve sua previsão estável em 3,05%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país. O indicador serve para medir a evolução da economia.

Já para 2023, a previsão de crescimento permaneceu em 0,75%.

Ao sancionar a lei que prevê as diretrizes do orçamento de 2023, o governo informou que a previsão é o PIB crescer 2,5% no ano que vem.

O mercado financeiro manteve a expectativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 11,75% ao ano para o fim de 2023.

Atualmente, ataxa Selic já está em 13,75% ao ano.O Copom também vem sinalizando de que os juros vão se manter altos por um período mais prolongado.

Com isso, o mercado financeiro segue estimando queda dos juros no ano que vem.

 

 

Alexandro Martello, g1 — Brasília.