Pesquisa revela situação da indústria no momento de retomada das atividades, após pausa pela pandemia de Covid-19
A Pesquisa Industrial Mensal – Produção Fisica Regional, divulgada pelo IBGE (Insituto Brasileiro de Geografia e Estatística) indicou um crescimento em 12 dos 15 locais pesquisados na passagem de abril para maio. O resultado reflete o retorno da produção nas indústrias após as interrupções geradas pela pandemia do novo coronavírus.
Em maio de 2020, 12 dos 15 locais pesquisados tiveram taxas positivas na comparação com abril, na série com ajuste sazonal. Os maiores avanços foram no Paraná (24,1%), em Pernambuco (20,5%) e no Amazonas (17,3%). Na região Nordeste (12,7%) e nos estados do Rio Grande do Sul (13,3%), São Paulo (10,6%) e Bahia (7,6%) também houve crescimento acima da média nacional (7,0%). O Espírito Santo (-7,8%) apontou o recuo mais elevado. As demais taxas negativas ficaram por conta do Ceará (-0,8%)e do Pará (-0,8%). As informações são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional.
O índice de média móvel trimestral mostrou queda de 8,0% no trimestre encerrado em maio de 2020 frente ao nível do mês anterior, após recuar 8,8% em abril último, mantendo, dessa forma, a trajetória predominantemente descendente iniciada em outubro de 2019. Dado o cenário de pandemia, as reduções de abril e de maio foram as mais acentuadas desde o início da série histórica.
Quatorze dos 15 locais pesquisados apontaram taxas negativas em maio, com destaque para o Ceará (-21,0%), o Amazonas (-18,5%), o Rio Grande do Sul (-11,6%), o Espírito Santo (-11,5%), a Região Nordeste (-10,6%), Santa Catarina (-10,2%), a Bahia (-8,6%) e São Paulo (-7,3%). Por outro lado, Goiás, com expansão de 0,8%, mostrou o único resultado positivo nesse mês.
Na comparação com igual mês do ano anterior, principalmente por causa da pandemia, o setor industrial recuou 21,9% em maio de 2020, com 14 dos 15 locais pesquisados apontando resultados negativos. Além do efeito-calendário negativo, já que maio de 2020 (20 dias) teve dois dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22), observa-se a clara diminuição do ritmo da produção por conta da influência dos efeitos do isolamento social. Ceará (-50,8%) e Amazonas (-47,3%) assinalaram os recuos mais intensos. Espírito Santo (-31,7%), Santa Catarina (-28,6%), Rio Grande do Sul (-27,3%), São Paulo (-23,4%) e Região Nordeste (-23,2%) também registraram perdas mais elevadas do que a média da indústria (-21,9%). E Bahia (-20,7%), Paraná (-18,1%), Minas Gerais (-15,1%), Pernambuco (-13,5%), Pará (-13,0%), Rio de Janeiro (-9,1%) e Mato Grosso (-3,4%) completaram o conjunto de locais com queda na produção nesta comparação.
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